sexta-feira, 19 de março de 2010

E se eu fosse você?

Nos colocar no lugar do outro nem sempre é muito fácil, pra algumas pessoas é algo impossível. Um olhar diferente, um pouco de compreensão, um pensamento de "e se eu estivesse nessa situação?" não fazem parte do hábito do muitas pessoas.
Não quero ser a rainha da mediação, mas muita gente nunca parou pra pensar quanto estresse, quanta briga, quantas situações indesejáveis poderiam ser evitadas se por um momento nos colocássemos no lugar do próximo e evitássemos atitudes ou julgamentos precipitados.
Lembro-me muito bem da minha primeira aula de Antropologia na Universidade, uma simples dinâmica (digamos assim): "Entreviste seu par e leia para a turma como se tais informações fossem suas". Gentee, como uma coisa tão simples causou tanto alvoroço, era uma tal de "a minha amiga aki se chama...", e a professora "você se chama..." e a turma " dale gargalhada" e mais um tal de "ela gosta, ela tem, ela faz..." e a professora "você gosta, você tem, você faz..." e a turma "dale gargalhada".
O que pra muitos ali foi apenas uma brincadeira, pra mim foi uma lição de vida, porque a partir dali comecei a me colocar no lugar do outro em tudo o que faço e isso mudou o que eu sou e como os outros me vêem. Muitos confundem tal comportamento com ingenuidade, mas não, pra mim sempre foi um exercício de paciência, porque vamos e convenhamos que você tentar entender o outro a partir da lógica dele e não da sua, não é muito fácil, e como diz minha mãe "ninguém conhece ninguém", logo estamos fadados ao erro.
Além do mais entender não significa aceitar, mas sim um passo pro diálogo em busca da mudança de comportamento tanto seu como de quem quer que esteja envolvido nessa relação.
Sendo assim, fica aqui o meu protesto a favor da busca de soluções para problemas cotidianos ou mundiais através do diálogo, afinal de contas usar o bom senso nunca é demais.

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