terça-feira, 13 de julho de 2010

Ahhh minha mãe!!!

Oláá!!!!
Depois de séculos voltei pra mais um post, a preguiça estava me consumindo, mas uma peculiaridade da minha mãe foi mais forte do que isso e me fez vir aqui compartilhar com vocês o esforço que eu tenho que fazer pra entender os códigos que a minha mãe emite quando não tá nem um pouco afim de pensar antes de falar.

(Diálogo ocorrido enquanto eu estava na sala e mamãe no meu quarto)

- Thalita, esse coisinha aqui é teu?
- Que coisinha mãe?
- Esse aqui preto.
- Que coisinha preto mamãe, o que é coisinha?
(Mamãe já sem paciência, aos berros)
- Esse negócio Thalita, de colocar debaixo da roupa!!!
(Eu sem entender P.N.)
- Ah, deve ser meu...
- Não era tu que não sabia o que era? Agora já é teu?
(Eu já sem paciência e querendo encerrar a conversa)
- Mamãe, eu não sei o que é coisinha, muito menos um que se coloca debaixo da roupa, mas se for preto deve ser meu, joga aí...

Esse é um exemplo simplório dos diálogos dificílimos que mamãe consegue estabelecer com as pessoas, o mais assustador é que pra ela a culpa é de quem não entende.

São situações como essas que me colocam em confronto direto com tudo que já aprendi na universidade, lições como “quem emite a mensagem é que deve fazer o esforço para ser compreendido”, “para que haja diálogo o código lingüístico e seus significados devem ser comuns aos envolvidos”, nada disso, aqui em casa o que vale é a lei de mamãe.

Se tu não entendeu o que ela disse é porque tu é lerdo, burro, não entende as coisas que ela já repetiu milhões de vezes, se ela tá dizendo “esse coisa” ou “esse negócio aqui” tu obrigatoriamente já tem que saber o que é, porque “coisa” é “coisa” e todo mundo sabe o que é, menos tu, sua anta!!

Então, eu me recolho à minha insignificância e finjo entender, ela fica mais feliz, dona de si e da razão.

Nenhum comentário: